Todas as gerações têm uma perspetiva de investimento estável e de longo prazo, praticamente sem diferenças entre elas
Todas as gerações investem sobretudo nos mercados financeiros, sendo as aplicações em depósitos e outros instrumentos do mercado monetário baixas
As diferentes gerações fazem alocações dos investimentos às ações em linha com o esperado até aos 60 anos, mas daí em diante mantêm uma alocação superior à esperada
A maioria das pessoas de todas as gerações investe no mercado acionista e tem-no como investimento preferido, exceto os Millennials que investem e preferem mais a liquidez
Este é o segundo post sobre os comportamentos financeiros das gerações, tendo o primeiro focado o tema dos objetivos. Este centra-se nas atitudes de poupança e investimentos.
Mais uma vez, a maior parte dos estudos têm origem nos EUA, o que não é propositado. É pena que não haja mais informação desta natureza noutras partes do mundo.
Todas as gerações têm uma perspetiva de investimento estável e de longo prazo, praticamente sem diferenças entre elas
Não há praticamente diferenças entre as preferências de poupança e de investimento geracionais.
Dum modo geral, a perspetiva é de investimento estável e de longo prazo, embora menos para os Millennials, poupanças constantes que vão acumulando em depósitos até serem transformadas em investimentos, sendo estes realizados ao longo do tempo de modo a se alisarem os momentos de compra.
Todas as gerações investem sobretudo nos mercados financeiros, sendo baixas as aplicações em depósitos e outros instrumentos do mercado monetário
Também não há grandes diferenças relativamente aos investimentos efetuados.
As 3 gerações preferem quase igualmente em mandatos de gestão de carteiras (entre 28% e 37%) embora menos para os Millennials, em fundos de investimento sejam ou não sejam negociados em bolsa (entre 28% e 31%) e no investimento direto em ações (21% a 24%).
Só depois, e com uma expressão muito inferior, é que surgem os depósitos, os títulos do mercado monetário, o investimento direto em obrigações e as apólices de seguro.
Nota-se que os Millennials investem menos, dum modo geral, o que pode estar associado a uma menor capacidade de poupança.
As diferentes gerações fazem alocações dos investimentos às ações em linha com o esperado até aos 60 anos, mas daí em diante mantêm uma alocação superior à esperada
O gráfico seguinte mostra as alocações a ações dos clientes particulares investidores da Vanguard (a maior gestora de ativos mundial com mais de quatro biliões ou milhões de milhões de dólares sob gestão), comparando-as com as alocações padrão dos fundos de alocação de reforma (targeted dated funds),:
Como seria de esperar, as gerações mais novas, como os Millennials e a Geração X, fazem tipicamente alocações a ações bastante elevadas, respetivamente de 90% a 70%, em linha com o padrão de referência.
Os Baby Boomers reduzem as alocações a ações entre os 55 e os 65 anos para níveis de cerca de 60%, com o aproximar da idade da reforma, e a Silent Generation mantém praticamente estabilizado aquele nível de alocação a ações. Isto que significa que estas gerações mantêm uma alocação a ações mais elevada do que é a alocação padrão dos fundos de reforma (60% versus o padrão de 35%).
Este desfasamento face ao padrão pode ser causado pela conjuntura positiva dos mercados, pelas baixas taxas de remuneração dos depósitos dos últimos anos, ou simplesmente pela boa situação e capacidade financeira destas famílias que podem ter resolvida favoravelmente a questão da reforma e, nessa medida, pensam sobretudo no objetivo de muito longo prazo da transmissão do património (herança).
A maioria das pessoas de todas as gerações investe no mercado acionista e tem-no como investimento preferido, exceto os Millennials que investem e preferem mais a liquidez
Os Millennials investem menos em ações do que as restantes gerações:
Só 33% dos Millennials investem em ações, o que compara com 51% da Geração X e 50% dos Baby Boomers. Apenas a geração Silent com 37% se aproxima dos níveis dos Millennials.
São sobretudo os Millennials mais novos que investem menos em ações, apenas 18% dos que qtêm idades entre os 18 e os 25 anos, comparativamente aos 44% dos de mais idade, dos 26 aos 35 anos.
A principal razão apontada para não investirem em ações é simplesmente a falta de dinheiro, em 47% e 35% dos casos dos Millennials mais novos e velhos respetivamente.
Contudo e muito importante são os 47% dos mais novos e 21% dos mais velhos que não investem porque consideram que não sabem como o fazer.
Assim se compreende que os investimentos favoritos das várias gerações sejam os seguintes:
Para todas as gerações com exceção dos Millennials o investimento preferido são as ações, obtendo entre 33% e 44% das respostas, enquanto que para os para os Millennials é a liquidez com 30%.
As gerações têm os mesmos objetivos financeiros, mas prioridades diferentes – Investorpolis
https://www.am-switzerland.ch/assets/content/images/schroders_globalinvestorstudy_en.pdf
The financial objectives are common across generations, but there are some meaningful differences in their investment process and choices.
Wealth size matters and markets experiences influence generations investment patterns and preferences.
The great wealth transfer is on course from the Silent Generation and Baby Boomers to the Gen X and Millennials.
Will this wealth transfer have an effect on long-term market dynamics and returns?