Não seria uma boa ideia investirmos nas empresas que produzem bens ou prestam serviços que todos compramos, em todo o mundo, e que por isso, são as maiores empresas mundiais, as que mais crescem e das mais rentáveis e seguras?
Faz sentido, não faz! Investirmos no que nós consumimos e todos os outros consomem.
Empresas que fabricam tudo o que compramos: telemóveis, internet, relógios, televisões, automóveis, vestuário, bens alimentares, energia, petróleo e gás, grandes eletrodomésticos, produtos de cosmética, produtos de higiene, medicamentos, transportes, hotéis, etc.
Empresas que vendem tudo o que usamos: comunicações, eletricidade, banca e seguros, informática, motores de busca, comércio eletrónico, redes sociais, etc.
Normalmente estas são as chamadas empresas com melhor reconhecimento de marca.
Ao levantarmo-nos usamos shampoos, gel de banho, amaciador de cabelo, pasta de dentes, máquina de barbear da Gillette (Procter and Gamble), espuma de barbear, desodorizante ou cremes hidratantes da Nivea (Beiersdorf), perfumes e outros produtos de cosmética da L´Oreal. Ao pequeno-almoço comemos cereais, iogurtes (Danone) ou outros matinais. Andamos sempre com um Iphone (Apple), um Galaxy (Samsung) ou outro telemóvel no bolso e com um relógio no pulso da LVMH ou Richemont ou outro. Vamos de automóvel para o trabalho num Volkswagen, Renault, BMW, Ford, Toyota, Mercedes, Kia, Honda ou Hyundai ou outro. Ouvimos música no Spotify e vemos filmes e séries na Netflix. Usamos as aplicações de tráfego e de tempo da Google. Quando chegamos ligamos o computador que é cada vez mais provável ser um portátil ou um tablet da HP, Lenovo, Mac (Apple) ou outro. Usamos o Office da Microsoft e fazemos pesquisas no Google. Estes PC ou laptop podem usar processadores Intel e placas gráficas Nvidia. Ao longo do dia damos uma vista de olhos pela nossa página no Facebook e trocamos mensagens no Twitter. Fazemos compras online na Amazon. Compramos roupa ou artigos de decoração na Zara, HM, LVMH ou outro. Pagamos com cartões Visa ou Mastercard. Quando adoecemos tomamos medicamentos da Pfizer, Merck, Abbvie, GlaxoSmithKline, Sanofi ou AstraZeneca. Marcamos as viagens no Tripadvisor, Expedia ou outro. Viajamos em aviões da Boeing ou Airbus. Temos electrodomésticos da Siemens, Míele, General Eletric ou Ariston. Usamos os detergentes da Sun ou Skip. Fazemos exercício com Nike ou Adidas.
Na Ásia e cada vez mais em todo o mundo sabemos que as principais empresas de consumo são a Alibaba, a Tencent, JD.com, etc.
E se pudéssemos investir em todas as maiores empresas do mundo, com simplicidade e baixo custo, não seria fenomenal?
Todas estas estas empresas – Apple (Iphone e Mac), Microsoft (Office), Amazon, Google (search, maps), Facebook, Pfizer, Johnson & Johnson, Visa, Procter & Gamble (Gillette, Oral B, Tide, Pampers, Head and Shoulders, Pantene, Fairy) , MacDonald’s (hamburgers), Inditex (Zara), Beiersdorf (Nivea), Unilever (Knorr, Hellmann’s, Dove, Omo, Skip), BMW, Daimler, Volkswagen, Renault, Coca Cola, AbbVie (medicamentos), Nike (desporto), LVMH (vestuário luxo e bebidas espirituosas), Bayer (produtos químicos e agrícolas), Basf, Sanofi, Adidas (vestuário desportivo), LÓreal (produtos beleza), Airbus, AB InBev, Danone (Iogurtes), Samsung (Galaxy), Siemens (eletrodomésticos), SAP, AstraZeneca, Diageo (bebidas espirituosas), GlaxoSmithKline (medicamentos), British American Tobacco, Vodafone, Sony, Alibaba, Tencent, Baidu, Taiwan Semiconductors, Petrobras, … – e muitas mais das maiores dos mundo, fazem parte dos principais índices acionistas mundiais ( e também obrigacionsitas).
Além daquelas empresas há muitas outras que embora cada um de nós não seja consumidor, também são as que têm mais clientes, mais vendas e mais lucros. As maiores empresas do mundo. Empresas multinacionais, regionais ou locais.
Grandes bancos, petrolíferas, empresas de eletricidade, telecomunicações, etc.: JP Morgan Chase, Bank of America, Exxon, Chevron, AT&T, Boeing, Total, Allianz, Banco Santander, Deutsche Telekom, Eni, Enel, Telefonica, Iberdrola, Lloyds Banking Group, Rio Tinto, China Mobile, China Construction Bank, ICBC, Ping Na Insurance. Países desde EUA, Europa (zona Euro), Reino Unido, Japão, Canadá, Austrália, China, India, Brazil, México, Rússia, Polónia, Coreia do Sul, Taiwan, Egipto, Turquia, África do Sul. Podemos partilhar a sua rentabilidade e crescimento. Podemos ser empreendedores ou homens de negócios. De todos os negócios. Principalmente dos bons.
https://www.consumergoods.com/top-100-consumer-goods-companies-2021
https://howmuch.net/articles/world-most-admired-companies-2018
https://fortune.com/worlds-most-admired-companies/
Hoje, tudo isto é possível, é muito fácil, pode ser feito com montantes baixos e tem custos baixíssimos!
Hoje, é possível investirmos em todas estas empresas.
Estas empresas estão nos principais índices acionistas e obrigacionistas mundiais. E hoje já há fundos ou produtos de investimento indexados a estes índices. São investimentos que contêm, direta ou indiretamente, ações e obrigações de todas aquelas empresas, e que dessa forma, replicam a sua valorização.
Com um único investimento num desses fundos ou produtos equiparados, estamos a investir em dezenas, centenas ou mesmo milhares dessas empresas.
O capital mínimo para se investir nestes fundos de investimento índice ou produtos equiparados é muito baixo, da ordem dos mil euros e nalguns casos até menos.
E os custos do investimento são igualmente muito baixos pois a sua comissão de gestão ou custos de transação é muito mais baixa dos que os fundos em que os gestores profissionais fazem a sua própria seleção de investimentos.
Como veremos noutro artigo, bastam dois investimentos para termos uma boa diversificação. É óbvio que esta diversificação pode melhorar se a nossa capacidade financeira for maior e tivermos mais capital para investir, mas mesmo assim não será necessário fazermos mais do que 6 a 10 investimentos.
Veremos ainda noutro artigo que os gestores profissionais não conseguem normalmente fazer melhor do que os aqueles fundos.
O nosso gasto é receita e lucro destas empresas. Queremos que as suas receitas e lucros sejam o nosso ganho! Esta é a lógica e o racional da gestão passiva.