• Sobre nós
    • Missão
    • Quem somos
  • Contactos
  • Português
    • English (Inglês)
    • Español (Espanhol)
    • Français (Francês)
  • Login
Investorpolis
[xyz-ips snippet="Banners-Publicitarios"]
Não há resultados
Veja todos os resultados
Não há resultados
Veja todos os resultados
Investorpolis
Não há resultados
Veja todos os resultados
Início Património e Investimento Investimentos

É muito difícil prever a inflação, mas é importante percebermos as suas dinâmicas: P2 – As componentes e as previsões

10 de Novembro, 2022
in Investimentos, Património e Investimento
Tempo de leitura:11 mins de leitura
0 0
0
É muito difícil prever a inflação, mas é importante percebermos as suas dinâmicas: P2 – As componentes e as previsões
Share on FacebookShare on Twitter

Esta é a segunda parte de um artigo que desenvolve o tema da inflação.

Na primeira parte vimos como devemos fazer as contas à inflação, os custos da inflação e a espiral inflacionista e as principais medidas de inflação.

Nesta segunda parte, vamos ver as principais componentes da inflação, as previsões e as expetativas inflacionistas, assim como as consequências económicas e para os nossos investimentos. 

Principais componentes da inflação

Previsões da inflação e as expetativas inflacionistas

Previsões da inflação baseadas em indicadores e modelos ou estudos económicos

Expetativas inflacionistas, a inflação implícita nos mercados ou a inflação estimada pelos agentes económicos

Ação dos bancos centrais para diminuir a inflação

Riscos da estagflação e da recessão

Implicações da inflação para a gestão dos nossos investimentos

Principais componentes da inflação

Para entendermos a inflação temos de fazer a sua desagregação e analisar a evolução das suas principais componentes.

No caso dos EUA, são consideradas as despesas em mais de 200 categorias, organizadas em oito grandes grupos, compreendendo alimentos e bebidas, habitação, vestuário, transporte, cuidados médicos, recreação, educação e comunicação, e outros bens e serviços, e incluindo nos preços as respetivas taxas e impostos.

Os pesos das várias componentes da inflação nos EUA são os seguintes:

Na Zona Euro, as várias componentes da inflação têm pesos diferentes:

Não só as componentes são diferentes, mas os aumentos de preços das mesmas também divergem nas várias economias.   

Em resultado, a decomposição da inflação e as pressões inflacionistas são diferentes.

As pressões inflacionistas nos EUA são:

As maiores pressões são os serviços, a energia, a alimentação e os outros bens, sendo que a primeira mostra uma tendência crescente (particularmente em termos de habitação e saúde).

Na Zona Euro, as pressões inflacionistas são:

As maiores pressões são a energia, os bens alimentares, os outros bens e, por último os serviços.

Previsões da inflação e as expetativas inflacionistas

Como dissemos, é muito difícil prever a evolução da inflação.

Há componentes muito voláteis e alguns efeitos económicos levam tempo a produzir efeito (desfasamentos temporais ou “lags”).

Há dois grandes tipos de previsões da inflação.

Temos a inflação prevista por entidades e organismos internacionais e nacionais, com base em estudos económicos e financeiros desenvolvidos para o efeito, e que se suportam em indicadores avançados e/ou em projeções da evolução das principais componentes da inflação.     

Paralelamente, existe também a inflação prevista que está implícita nos mercados financeiros e a que resulta de inquéritos aos agentes económicos, as quais são chamadas de expetativas inflacionistas. Estas são muito importantes para se evitar ou não a formação de uma espiral inflacionista.

Previsões da inflação baseadas em indicadores e modelos ou estudos económicos

Relativamente às projeções da inflação resultantes de estudos a variedade é grande.

Um indicador avançado útil e muito usado é o dos preços no produtor.

Nos EUA, os preços no produtor tiveram a seguinte evolução:

Os preços no produtor os EUA estão em cerca de 12% ao ano para a generalidade dos bens, como exceção dos mais de 20% na energia. A tendência das várias componentes é de descida.

Na Zona Euro, a evolução dos preços no produtor tem sido:

O aumento dos preços no último ano é muito mais acentuado, e a tendência continua a ser de subida.

Outro indicador usado é o da inflação dos salários, como vimos anteriormente.

Nos EUA, a evolução dos salários tem sido:

Os salários cresceram a quase 7% ao ano e parecem estabilizar.

Na Zona Euro, os salários têm evoluído da seguinte forma:

Os salários cresceram a 4% ao ano e também parecem estabilizar.

Existem ainda as projeções de inflação mais elaboradas feitas pelas várias entidades oficiais, internacionais, como o FMI, o Banco Mundial, a OCDE e a União Europeia, e nacionais, como os governos e os bancos centrais.

O Financial Times e a Knoema mantêm bases de dados atualizadas sobre as previsões de inflação de várias entidades, a que podemos aceder nos seguintes links:

https://www.ft.com/content/088d3368-bb8b-4ff3-9df7-a7680d4d81b2

https://pt.knoema.com/kyaewad/us-inflation-forecast-2022-2023-and-long-term-to-2030-data-and-charts

https://pt.knoema.com/zobdrl/euro-area-inflation-forecast-2019-2024-and-up-to-2060-data-and-charts

Expetativas inflacionistas, a inflação implícita nos mercados ou a inflação estimada pelos agentes económicos

As atuais previsões de inflação a médio prazo implícitas no mercado são:   

A inflação média anual prevista para os próximos 5 anos é de 2,5% na Zona Euro e EUA, de 3% na Alemanha e de quase 5% no Reino Unido.

As expetativas de inflação média anual a 5 anos subiram até abril com o aumento da inflação, e estabilizaram desde então.

Estas previsões resultam de transações do mercado feitas por investidores que se baseiam em estimativas da evolução das principais componentes.

Desta forma, há um acompanhamento próximo de indicadores como os preços da energia, preços dos produtos alimentares, rendas, preços das casas, preços de produção industrial, etc.

O gráfico seguinte mostra a evolução da inflação anual e das expetativas de inflação anual a curto e longo prazo nos EUA, desde 1982:

As expetativas de curto prazo são baseadas num modelo que usa dados de mercado e inquéritos. As expetativas da inflação média anual a longo prazo – para um período de 5 anos com início daqui a 5 anos – usam dados de mercado.

Desde 1986, as expetativas de inflação têm-se mantido estáveis e ancoradas entre os 2% e os 4%, apesar dos momentos de maior volatilidade da inflação anual, como no início dos anos noventa ou entre 2006 e 2008.    

Ação dos bancos centrais para diminuir a inflação

Como vimos, a política económica mais usada para combater a inflação é a monetária, porque a fiscal deve ser usada para apoiar e proteger os mais vulneráveis dos efeitos da inflação e da desaceleração económica.   

Para combater a inflação os bancos centrais têm de remover a liquidez excedentária da economia, aumentando as taxas de juros e vendendo ativos no seu balanço, e por essa via, reduzindo a oferta de moeda.

Desde o fim de 2021, a FED tem diminuído drasticamente o crescimento da moeda:

Riscos de estagflação e de recessão

A travagem da inflação alta reduz o crescimento económico e pode inclusivamente conduzir a situações de estagflação, períodos mais ou menos prolongados de elevada inflação acompanhada de baixo crescimento.

A estagflação verificou-se entre os dois choques petrolíferos de 1974 e 1983:  

Neste período de quase 10 anos, a inflação atingiu valores entre 5% e quase 15% e o crescimento económico foi muito baixo, inferior em 2% a 4% ao ano do produto potencial.

Existe também a possibilidade de recessão económica, caso os efeitos sobre o crescimento económico sejam mais fortes.

No gráfico seguinte vemos que houve recessão nos períodos em que a taxa de juros das obrigações do tesouro esteve abaixo da taxa de inflação:

As probabilidades atuais de recessão económica são muito variáveis.

Dum modo geral, considera-se que a recessão é inevitável na Europa, mais atingida pela guerra na Ucrânia.

Relativamente aos EUA, há estudos que indicam que a probabilidade de uma recessão seja marginal, inferior a 1%, enquanto outros apontam para uma probabilidade de 97%, ou uma quase certeza:

https://fred.stlouisfed.org/series/RECPROUSM156N

https://www.newyorkfed.org/medialibrary/media/research/capital_markets/Prob_Rec.pdf

https://www.conference-board.org/research/economy-strategy-finance-charts/CoW-Recession-Probability

https://www.conference-board.org/topics/recession/Euro-Area-recession-probabilities-skyrocket-in-2022

Tão ou mais importante do que saber-se se irá haver recessão é avaliar a sua severidade. Para isso é necessário perspetivar a sua profundidade e duração, ou seja, qual será a contração do crescimento económico e do emprego e por quanto tempo perdurará.

Atualmente, considera-se que caso haja recessão nos EUA, a severidade não será grande, dada a situação de partida no mercado de trabalho e a boa capacidade financeira das famílias e empresas.

Dessa forma, a existir, será uma recessão suave e temporária. Aliás, considera-se que é precisamente por isto que a probabilidade de recessão é tão baixa segundo alguns modelos.

Implicações da inflação para a gestão dos nossos investimentos

Já desenvolvemos as implicações da inflação nos nossos investimentos com bastante profundidade.

No fundo, os principais impactos são o aumento da volatilidade e a desvalorização dos investimentos em termos reais e até nominais.

O aumento das taxas de juros e o abrandamento económico diminuem os preços dos ativos financeiros, quer das obrigações quer das ações.

Nas obrigações, a relação entre os as taxas de juros e os preços é direta e inversa.

Nas ações, dum modo geral, a relação também é inversa, mas indireta, por via da diminuição das receitas, compressão dos resultados, e aumento do custo do capital.     

Em artigos anteriores vimos como como se comportam os várias ativos num contexto inflacionista e de subida de juros e como devemos atuar neste enquadramento.

Duma forma sintética, a recomendação abrange três vetores de atuação.

Primeiro, manter o rumo e evitar comportamentos impulsivos, ou seja, não fazer alterações drásticas aos investimentos.

Segundo, efetuar o rebalanceamento, sobretudo porque a volatilidade está muito alta.

Terceiro, revisitar o planeamento e a alocação de ativos, analisar o impacto na capacidade financeira e na tolerância ao risco e reavaliar a situação em conformidade.

Quarto, fazer pequenos ajustes aos investimentos, substituindo parte da exposição aos ativos mais voláteis por um aumento dos mais estáveis, como por exemplo proceder a alguma rotação de crescimento para valor, trocar risco de crédito especulativo por crédito de melhor qualidade, etc. 

Artigo anterior

É muito difícil prever a inflação, mas é importante percebermos as suas dinâmicas: P1 – Os custos e as medidas da inflação

Próximo artigo

Maximizar o tempo investido no mercado de ações em vez de escolher os momentos de investir: Parte 1 – Os enviesamentos e as perdas

Feria

Feria

Relacionado Artigos

Série Efeitos das tarifas comerciais de Trump nos investimentos financeiros: P1 – Enquadramento
Investimentos

Série Efeitos das tarifas comerciais de Trump nos investimentos financeiros: P1 – Enquadramento

8 de Maio, 2025
Série Investimentos no ciclo da Inteligência Artificial: Parte 2 – Os principais ramos da IA
Investimentos

Série Investimentos no ciclo da Inteligência Artificial: Parte 2 – Os principais ramos da IA

29 de Abril, 2025
Perspetivas dos Mercados Financeiros 2T25: Zombieconomics, ou o custo monumental das tarifas recíprocas astronómicas de Trump
Investimentos

Perspetivas dos Mercados Financeiros 2T25: Zombieconomics, ou o custo monumental das tarifas recíprocas astronómicas de Trump

4 de Abril, 2025
Série Investimentos temáticos: Parte 3. Quais são as principais megatendências?
Investimentos

Série Investimentos temáticos: Parte 3. Quais são as principais megatendências?

28 de Março, 2025
Série Investimentos temáticos: Parte 2.2. Tecnologia ou inovação disruptiva – Os domínios da tecnologia ou inovação disruptiva
Investimentos

Série Investimentos temáticos: Parte 2.2. Tecnologia ou inovação disruptiva – Os domínios da tecnologia ou inovação disruptiva

17 de Março, 2025
Série Investimentos no ciclo da Inteligência Artificial: Parte 1 – Definição e história do desenvolvimento
Investimentos

Série Investimentos no ciclo da Inteligência Artificial: Parte 1 – Definição e história do desenvolvimento

20 de Fevereiro, 2025
Próximo artigo
Maximizar o tempo investido no mercado de ações em vez de escolher os momentos de investir: Parte 1 – Os enviesamentos e as perdas

Maximizar o tempo investido no mercado de ações em vez de escolher os momentos de investir: Parte 1 – Os enviesamentos e as perdas

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Trending

Série Efeitos das tarifas comerciais de Trump nos investimentos financeiros: P1 – Enquadramento

Série Efeitos das tarifas comerciais de Trump nos investimentos financeiros: P1 – Enquadramento

8 de Maio, 2025
Série Investimentos no ciclo da Inteligência Artificial: Parte 2 – Os principais ramos da IA

Série Investimentos no ciclo da Inteligência Artificial: Parte 2 – Os principais ramos da IA

29 de Abril, 2025
Perspetivas dos Mercados Financeiros 2T25: Zombieconomics, ou o custo monumental das tarifas recíprocas astronómicas de Trump

Perspetivas dos Mercados Financeiros 2T25: Zombieconomics, ou o custo monumental das tarifas recíprocas astronómicas de Trump

4 de Abril, 2025
Série Investimentos temáticos: Parte 3. Quais são as principais megatendências?

Série Investimentos temáticos: Parte 3. Quais são as principais megatendências?

28 de Março, 2025
Investorpolis

Desenvolvemos este blog porque acreditamos que apenas é necessário um pequeno esforço de aprendizagem para fazermos uma grande mudança nas decisões e nos resultados dos nossos investimentos e património financeiro.

Categorias Principais

  • Guia Completo de Investimentos
  • Património e Investimento
  • Ferramentas
  • Reforma e Poupança
  • Mais

Newsletter

Assine para receber as atualizações diretamente no seu e-mail

*Não faremos spam

  • Política de privacidade
  • Política de cookies
  • Contactos

© 2021 - Investorpolis / Powered by Delta Soluções

  • pt-pt Português
  • fr Français
  • es Español
  • en English
  • Home
  • Guia Completo de Investimentos
    • I. Investir Por Objetivos
    • II. Capitalização e Inflação
    • III. Retornos e Riscos dos Ativos
    • IV. Diversificação Eficiente
    • IX. Investimento Sustentável e ESG
    • V. O Investidor
    • VI. Ativos e Investimentos
    • VII. Investimentos em Índices
    • VIII. Investir com Sucesso
    • X. Kits e Dicas
    • XI. Outros Tópicos
  • Património e Investimento
    • Investimentos
    • Património
  • Reforma e Poupança
    • Poupança
    • Reforma
  • Ferramentas
    • Calculadoras
    • Publicações
    • Sites e apps
  • Mais
    • Best of
    • Outros
    • Reviews
    • Snapshots
  • Sobre nós
    • Missão
    • Quem somos
  • Login
  • Carrinho

© 2021 - Investorpolis / Powered by Delta Soluções

Bem-vindo de volta

Faça login na sua conta abaixo

Esqueceu a palavra-passe?

Recupere sua senha

Por favor, digite seu nome de usuário ou endereço de e-mail para redefinir sua senha.

Log In
Usamos cookies em nosso site para fornecer a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar”, você concorda com o uso de TODOS os cookies. No entanto, você pode visitar "Definições de cookies" para fornecer um consentimento controlado.
Definições das cookiesPolítica de cookiesAceitarRejeitar
Gerir consentimento

Vista geral de privacidade

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência enquanto navega pelo site. Destes, os cookies que são categorizados como necessários são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Esses cookies serão armazenados em seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de cancelar esses cookies. Porém, a desativação de alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.

Publicidade
Os cookies de publicidade são usados ​​para fornecer aos visitantes anúncios e campanhas de marketing relevantes. Esses cookies rastreiam visitantes em sites e coletam informações para fornecer anúncios personalizados.
Analíticos
Cookies analíticos são usados ​​para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre as métricas do número de visitantes, taxa de rejeição, origem do tráfego, etc.
Funcional
Os cookies funcionais ajudam a realizar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.
Necessários
Os cookies necessários são absolutamente essenciais para o funcionamento adequado do site. Esses cookies garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site, de forma anônima.
Outros
Outros cookies não categorizados são aqueles que estão sendo analisados ​​e ainda não foram classificados em uma categoria.
Performance
Os cookies de perfomance são usados ​​para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a fornecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.
GUARDAR E ACEITAR

Adicionar Novo a Playlist

Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?