Investir com e por Objetivos é a forma moderna e correta de gerir patrimónios e de fazer investimentos
Tudo o que fazemos na vida tem uma finalidade ou um propósito: em poupanças e investimentos são os objetivos futuros, sejam necessidades ou interesses
Os principais objetivos financeiros e dos investimentos
O ciclo de vida financeiro
Tudo na vida tem uma finalidade ou um propósito: em Poupanças e Investimentos são os Objetivos futuros, sejam necessidades ou interesses
Tudo o que fazemos na vida tem um objetivo, mais ou menos explícito ou implícito. Desde que nascemos e durante toda a nossa vida. Na infância, na adolescência e na vida adulta. Então porque não seguimos o mesmo na gestão de patrimónios e na execução de investimentos?
A gestão de patrimónios tradicional passa por investir a totalidade do património como um todo.
A moderna gestão consiste em investir com e por objetivos.
Sabemos que o nosso património tem múltiplos destinos ou finalidades. Estes são objetivos, nalguns casos necessidades ou situações inevitáveis, mais ou menos importantes, e noutros casos interesses, ou condições a que aspiramos.
Tendo em conta que poupamos e investimos para atingir objetivos futuros, que estes objetivos são de maior ou menor prazo e que os diferentes ativos têm rendibilidades e riscos que variam muito com o prazo do investimento, devemos fazer a diversificação do nosso património e a seleção dos investimentos em função dos nossos objetivos.
Este é o racional de gerirmos investimentos por e para cada um dos objetivos em vez de seguirmos a abordagem tradicional.
Quais os principais objetivos de investimento que temos?
Os principais objetivos financeiros e dos investimentos
De acordo com os inquéritos realizados, os principais objetivos de investimento e os mais comuns são:
- Fundo de reserva ou emergência;
- Fundo de reforma;
- Despesas com cuidados de saúde e condições de vida na velhice;
- Pagar dívidas;
- Grande despesa planeada (educação, compra de casa, capital para lançar negócio, férias etc.);
- Herança, etc.;
- Gestão do património geral ou global.
Fonte: Franklin Templeton
Estes são igualmente as maiores preocupações financeiras nos inquéritos efetuados.
Estes principais objetivos são comuns às várias gerações: dos Baby Boomers (nascidos entre 1946 e 64), passando pelos Generation X (nascidos de meados de 1960 até princípios da década de oitenta), até aos Millennials (nascidos entre 1980 e o início da década de noventa).
https://news.gallup.com/poll/349241/americans-confidence-finances-mostly-recovered.aspx
https://www.thetimes.co.uk/money-mentor/article/top-financial-goals/
Contudo, nem todos estes objetivos têm a mesma importância para cada um de nós. Alguns dependem do estilo de vida, outros da fase da vida em que nos encontramos, etc.
Neste caso, mas também porque temos de atender às condições que temos para os atingir, devemos ter presente o ciclo de vida financeiro padrão com as suas duas fases de evolução da riqueza bem definidas e determinadas pela capacidade de geração de rendimentos, do custo de vida e de acumulação de ativos ao longo da nossa vida
O ciclo de vida financeiro pessoal
Nós temos um ciclo de vida financeiro associado à nossa vida pessoal. Existe um padrão de evolução das finanças pessoais comum à generalidade das pessoas ao longo da vida.
Este ciclo compreende 2 fases de situação ou estados de finanças bem definidos:
- A fase de acumulação de riqueza que começa quando começamos a trabalhar e a ganhar dinheiro e termina quando passamos à reforma, ou seja, entre os 20 e os 65 anos de idade;
- A fase da preservação ou de desacumulação da riqueza, que começa na idade da reforma e vai até ao fim da nossa vida, ou seja normalmente a partir dos 65 anos de idade.
Estas duas fases têm diferentes capacidades de geração de rendimentos diferentes, de geração de poupanças, de custo de vida e de crescimento do património.
Fonte: Wealth Planning: UBS Wealth Management
Este ciclo perspetiva necessidades, interesses e aspirações financeiras diferenciadas ao longo da vida. E determina o que são os nossos objetivos financeiros prioritários em cada momento.
É com base nos objetivos, na situação e nas condições específicas de cada indivíduo, que deve ser feito o plano financeiro pessoal. Cabe a cada pessoa fazer o seu próprio plano financeiro. Este é pessoal e intransmissível.
Num próximo artigo veremos como pode ser elaborado este plano.