Após dois anos de subida, a FED começou a descida dos juros, seguindo o BCE.
Os indicadores mais recentes do crescimento económico dos EUA têm mostrado alguma quebra. A Europa continua praticamente estagnada e os a China está abaixo das previsões das autoridades.
A inflação continua a cair nos EUA e Zona Euro, estando já abaixo dos 2% nalguns países europeus.
Os índices acionistas dos EUA, Europa e Japão estão a níveis máximos, com uma grande dispersão na performance ao nível dos setores e dos títulos individuais.
As avaliações do mercado acionista estão acima da média histórica, sobretudo nos EUA.
Neste contexto, o foco centra-se na descida de juros, avaliações do mercado, crescimento dos resultados por ação e fluxos de fundos.
Desempenho Mercados 3Q24: Dum modo geral, os mercados acionistas tiveram uma pequena subida no trimestre, com bastante volatilidade no início de agosto. Taxas de juros das obrigações do tesouro a longo prazo nos EUA e Europa diminuem acompanhando a descida da inflação, influenciando positivamente o desempenho das obrigações.
Contexto Macro: Os níveis de crescimento económico a nível global situam-se abaixo da média. Os EUA começam a mostrar alguns sinais de menor crescimento, e a Europa permanece praticamente em estagnação. Os problemas na China continuam a agravar-se, o que levou as autoridades a lançarem um forte programa de estímulos no fim de setembro, com uma grandeza semelhante ao do Covid. A inflação nos EUA e na Europa continua a cair.
Contexto Micro: Os principais indicadores económicos instantâneos e avançados mostram ligeira descida em quase todo o mundo.
Políticas económicas: Passados 2 anos de subida das taxas de juros oficiais, a FED iniciou o movimento de corte, em 0,5% em setembro, seguindo as descidas do BCE de 0,25% cada em junho e setembro.
Mercados acionistas: Mercados acionistas norte-americanos a níveis máximos, tendo recuperado totalmente a queda acentuada do início agosto. Os mercados japonês e da zona Euro também registaram pequenas subidas.
Mercados obrigacionistas: As obrigações americanas e europeias de médio e longo prazo e de bom rating valorizaram-se em linha com a descida dos juros. Os spreads de crédito mantêm-se a níveis historicamente baixos.
Principais oportunidades: Desempenho superior ao esperado da época de resultados nos EUA, em termos de lucros e de “guidance”, e redução da inflação mais acentuada do que o antecipado.
Principais riscos: Alastramento do conflito Israel-Palestina para o Líbano e eventualmente para o Irão, alastrando-se para a região do Médio Oriente. Instabilidade provocada pela incerteza das eleições norte-americanas.
A descida da inflação e das taxas de juros de longo prazo nos países ocidentais favorece os investimentos em ações, assim como em obrigações, sobretudo nos EUA, em que o crescimento tem sido menos afetado.
Desempenho dos mercados financeiros 4T24: Dum modo geral, os mercados acionistas tiveram uma pequena subida no trimestre, com bastante volatilidade no início de agosto. Taxas de juros das obrigações do tesouro a longo prazo nos EUA e Europa diminuem acompanhando a descida da inflação, influenciando positivamente o desempenho das obrigações.
Os principais índices acionistas norte-americanos e europeus atingem novos máximos, com alta concentração setorial e individual.
Os mercados obrigacionistas dos países ocidentais têm um desempenho positivo, valorizando-se em resultado da descida das taxas de juros.
A Bitcoin valorizou-se para os 63 mil dólares.
Contexto macroeconómico: Os níveis de crescimento económico a nível global situam-se abaixo da média. Os EUA começam a mostrar alguns sinais de menor crescimento, e a Europa permanece praticamente em estagnação. Os problemas na China continuam a agravar-se, o que levou as autoridades a lançarem um forte programa de estímulos no fim de setembro, com uma grandeza semelhante ao do Covid. A inflação nos EUA e na Europa continua a cair.
Estabilização das previsões do crescimento económico global para 3,2% em 2024 e 2025, com 2,6% e 1,6% nos EUA, 0,7% e 1,3% na zona Euro, 4,9% e 4,5% na China, respetivamente, mas abaixo da média de longo prazo.
Os EUA continuam a superar as estimativas de crescimento económico, enquanto a Europa mantém um crescimento débil.
A inflação nos EUA voltou a descer para 2,5% em agosto.
A inflação da zona euro foi de 1,8% em setembro.
Os problemas económicos e financeiros dos últimos anos continuam a prejudicar o crescimento económico chinês, e as autoridades lançaram um forte programa de estímulos no final de setembro, apenas comparável ao do Covid.
No fundo, o crescimento global mantém-se estável, tendo abrandado em três anos consecutivos.
A inflação foi reduzida para o nível mais baixo dos últimos três anos.
As condições financeiras melhoraram.
Em resumo, a economia mundial, parece estar na fase final para uma aterragem suave.
Foi publicado em setembro o relatório Draghi sobre a competitividade da Europa face aos EUA e à China, cujas conclusões mostram um enorme gap devido à perda da inovação. Apontam como grandes desafios a maior integração, menor regulação, a correção do deficit energético, a menor dependência dos metais raros e o maior de desenvolvimento da indústria de defesa.
Contexto microeconómico: Os principais indicadores económicos instantâneos e avançados mostram ligeira descida em quase todo o mundo.
O índice de produção PMI composto global do J.P. Morgan fixou-se em 52,9 em junho, versus 53,9 em maio, sinalizando expansão em oito meses seguidos, na indústria e nos serviços, fechando o semestre com níveis sólidos.
Dos 14 países com dados disponíveis do PMI da indústria e dos serviços, 11 registaram expansões em junho.
A taxa de desemprego nos EUA está em 4,0%, níveis próximos dos mínimos.
Políticas económicas: O BCE cortou as taxas oficiais em junho em 0,25%, enquanto os EUA admitem 1 a 2 cortes só para o final do ano
O FED cortou as taxas de juros oficiais em 0,50% para o nível de 4,75%-5,0% em setembro, seguindo os cortes do BCE de 0,25% cada em junho e setembro para 3,75%-4,0%.
As projeções da FED apontam para a decida desta taxa dos atuais 4,83% para 4,4% em 2024, 3,4% em 2025, e 2,9% em 2026. A FED manteve as suas projeções da sua medida preferida da inflação – o índice de preços do consumo privado (PCE) – para 2,6% em 2024, 2,2% em 2025 e 2% em 2026.
O BCE prevê uma inflação de 2,5% em 2024, 2,2% em 2025 e 1.9% em 2026.
O Banco de Inglaterra reduziu a taxa de juro oficial para 5,0%.
Avaliação dos mercados acionistas: Mercados acionistas norte-americanos a níveis máximos, tendo recuperado totalmente a queda acentuada do início agosto. Os mercados japonês e da zona Euro também registaram pequenas subidas.
O mercado acionista norte-americano está a níveis máximos, tendo o S&P 500 encerrado os primeiros 9 meses com um ganho de 21%, impulsionado e muito concentrado nas mega capitalizações.
Os restantes mercados acionistas também avançaram um pouco no trimestre.
O PER “forward” de 21.5x para os EUA está acima da média de longo prazo, caindo para 18.0x sem as 10 Mega Caps.
O PER do Japão de 15.2x também está acima da média.
Os PER das restantes regiões desceram ligeiramente para os 13.1x na Zona Euro, 11.9x no Reino Unido e 12.8x nos mercados emergentes, estando todos abaixo da média histórica.
O PER das ações norte-americanas de média e pequena capitalização estão ambos em 15.9x a 15.6x, abaixo da média de longo prazo.
O PER das ações norte-americanas de crescimento está em 27.6x e o das ações de valor em 16.8x.
Os analistas preveem um crescimento de resultados das empresas do S&P de 10,0% em 2024 e 15,2% em 2025.
O mercado norte-americano continua a mostrar-se moderadamente atrativo, apesar dos múltiplos de avaliação altos, devido à expetativa de crescimento dos resultados anuais. A época de resultados que começa dia 10 de outubro e perdura por 3 semanas será um bom indicador.
A Europa tem um crescimento débil e maior risco geopolítico, devido à guerra na Ucrânia e às eleições em França e Inglaterra, enquanto a China se debate com o esgotamento do modelo de desenvolvimento, o que beneficia a India como uma das principais apostas dos mercados emergentes.
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Avaliação dos mercados obrigacionistas: As obrigações americanas e europeias de médio e longo prazo e de bom rating valorizaram-se em linha com a descida dos juros. Os spreads de crédito mantêm-se a níveis historicamente baixos
As taxas de juro sem risco de longo prazo desceram 0,5% nos Estados Unidos e 0,4% na zona Euro desde o início do ano, valorizando as obrigações.
Os “spreads de crédito” nos EUA e Europa mantiveram-se estáveis.
A redução das taxas de juro oficiais pela FED e pelo BCE, em linha com a inflação, estão a ter o esperado impacto positivo nas obrigações.
Com as taxas de juros longas bem acima da média dos últimos 15 anos, e a tendência de descida dessas taxas, as obrigações de qualidade de investimento transacionam a níveis interessantes a médio e longo prazo, sobretudo nos EUA.
Principais oportunidades: Desempenho superior ao esperado da época de resultados nos EUA, em termos de lucros e de “guidance”, e redução da inflação mais acentuada do que o antecipado.
Com os mercados acionistas a transacionarem a níveis historicamente altos, os próximos ganhos resultarão de um melhor desempenho da época de resultados, ou da descida mais acentuada da inflação.
Qualquer destes movimentos reforçará o movimento de rotação de ativos da liquidez para o mercado acionista.
A descida de juros continuará a valorizar as obrigações longas de bom risco de crédito.
Principais riscos: Alastramento do conflito Israel-Palestina para o Líbano e eventualmente para o Irão, alastrando-se para a região do Médio Oriente. Instabilidade provocada pela incerteza das eleições norte-americanas.
As sondagens das eleições norte-americanas a realizar em novembro mostram um empate técnico e esta incerteza introduz instabilidade nos mercados.