• Sobre nós
    • Missão
    • Quem somos
  • Contactos
  • Português
    • English (Inglês)
    • Español (Espanhol)
    • Français (Francês)
  • Login
Investorpolis
[xyz-ips snippet="Banners-Publicitarios"]
Não há resultados
Veja todos os resultados
Não há resultados
Veja todos os resultados
Investorpolis
Não há resultados
Veja todos os resultados
Início Património e Investimento Investimentos

A Literacia Financeira em Portugal: as aparências iludem?

30 de Outubro, 2019
in Investimentos, Património e Investimento
Tempo de leitura:10 mins de leitura
0 0
0
Share on FacebookShare on Twitter

Estamos assim tão bem como parece ou as aparências iludem?

Os primeiros sinais inquietantes e de alerta surgem na baixa penetração de produtos de poupança e na forma de encarar e preparar financeiramente a reforma

Mais preocupante é a quase ausência de investimento em ativos financeiros, direta ou indiretamente em fundos de investimento, privilegiando-se aplicações de baixo rendimento 

Mas mais chocante ainda, é ver a falta de investimento em valores mobiliários, com a inerente perda de todo o potencial de valorização de património e criação de riqueza que lhes está associado

É mau sinal ver que quem investe em ações e obrigações fá-lo diretamente em vez de diversificar via fundos e produtos de investimento equivalentes

Faltam conhecimentos para o investimento em ativos financeiros e valores mobiliários

Alguns receios no investimento em valores mobiliários que só podem resultar de falta de literacia financeira   

Só 26,6% das pessoas que investem em valores mobiliários reconhecem que o fazem para obter um rendimento superior ao dos depósitos bancários

E o conselho do gestor de conta e de amigos e familiares são os principais fatores de escolha dos investimentos em valores mobiliários, com pouca intervenção pessoal direta

Estamos assim tão bem como parece ou as aparências iludem?

Nos resultados dos últimos inquéritos sobre literacia financeira feitos sobre 30 países associados ao INFE (International Network for Financial Education), dos quais 17 da OCDE, Portugal surge bem colocado em termos de indicador global com 14 pontos num total de 21 possíveis e não muito distante do primeiro lugar, a França com 14,9 pontos.

Esta conclusão de que não parece haver nenhuma debilidade relativa assinalável na literacia financeira em Portugal resulta também se fizermos uma avaliação por cada uma das suas 3 principais componentes – comportamentos, conhecimentos e atitudes financeiras.

https://www.oecd.org/financial/education/oecd-infe-2020-international-survey-of-adult-financial-literacy.pdf

Financial literacy for investors in the securities market in Portugal.pdf (cmvm.pt)

Os primeiros sinais inquietantes e de alerta surgem na baixa penetração de produtos de poupança e na forma de encarar e preparar financeiramente a reforma

No entanto, quando aprofundamos um pouco mais começam a surgir alguns sinais de que nem tudo está tão bem como parece.

O primeiro é-nos dado pela comparação da inclusão financeira:

Comparamos bem em termos de contas de depósitos à ordem e de seguros, mas em termos de produtos de poupança estamos a 18 pontos percentuais dos restantes países da OCDE e atrás mesmo da média dos 30 países em 13 pontos percentuais.

Ao analisarmos o que se passa com o planeamento e financiamento da reforma, o principal objetivo financeiro, os sinais são inquietantes:

A maioria das pessoas não confiantes relativamente à vida na reforma, inclusive os que têm mais de 70 anos e maioritariamente já estão reformados. No escalão etário imediatamente anterior, entre os 55 e os 69 anos, que abrange aqueles que estão prestes a entrar na reforma e outros que já lá estão, a grande maioria considera que não está financeiramente preparada.

Este grau de desconfiança relativamente ao planeamento da reforma aumenta consideravelmente para as gerações mais novas, o que não é de estranhar pela pressão financeira que o envelhecimento populacional tem sobre o sistema da Segurança Social.

Relativamente ao financiamento da reforma, 82,2% conta exclusivamente com a segurança social ou outro regime contributivo obrigatório. Num outro artigo vimos que as pensões de reforma pagas pela segurança social são muito baixas, pois os montantes pagos são baixos e muito inferiores aos salários e rendimentos reportados para efeitos fiscais.    

Apenas 11,9% possui um plano de poupança reforma privado, e somente 2,9% detém um fundo de pensões da empresa em que trabalham.

Mais preocupante é a quase ausência de investimento em ativos financeiros, direta ou indiretamente em fundos de investimento é preocupante, privilegiando-se aplicações de baixo rendimento 

Quando analisamos as indicações dadas ao nível da composição do património financeiro, os dados passam de inquietantes a preocupantes, se não mesmo chocantes:

Menos de 10% das famílias possui investimentos em ativos financeiros, sejam ações (4,1%), fundos de investimento (1,9%) e obrigações (0.5%). É de sublinhar que os fundos de investimento, produto de maior diversificação, do que os restantes, representam menos de metade do que as ações e pouco mais do que as obrigações.

E muito embora 15% tenham planos de poupança para a reforma, estes são maioritariamente contas poupança de baixo rendimento.

Ao vermos os produtos financeiros que as pessoas estão a contratar a situação não melhora. Ao nível das aplicações, contratam sobretudo produtos de baixo risco e baixa rendibilidade.

Quando questionadas somente sobre as aplicações de poupança feitas ano último ano, a maioria refere que favoreceu os depósitos à ordem (50,5%), depósitos a prazo e outras contas poupança (34,5%), ou as guardou (14,5%); em qualquer dos casos, estas aplicações não têm rendimento ou têm um rendimento muito baixo.

Apesar disso, as pessoas afirmam que têm conhecimentos sobre os ativos financeiros, ações (91,9%), os fundos de investimento (64,9%) e as obrigações (63,8%).

Relativamente às fontes de informação que influenciam a escolha dos produtos financeiros:

As pessoas depositam muita confiança nos conselhos do banco (59,1%) e de amigos e familiares (51,1%) relativamente à escolha do produto financeiro, dando pouca importância à análise da informação (em papel ou na internet) ou aos conselhos de entidades especializadas independentes.

Mas mais chocante ainda, é ver a falta de investimento em valores mobiliários, com a inerente perda de todo o potencial de valorização de património e criação de riqueza que lhes está associado

Quando às questões sobre o investimento em valores mobiliários, os dados passam a ser chocantes:

Uma larga maioria de 89,9% das pessoas não tem nem nunca teve valores mobiliários, seja ações, obrigações, fundos de investimento ou produtos de investimento equivalentes.

Só uma minoria de 4,4% das pessoas possui atualmente valores mobiliários.

É mau sinal ver que quem investe em ações e obrigações fá-lo diretamente em vez de diversificar via fundos e produtos de investimento equivalentes

Relativamente ao tipo de valores mobiliários detidos:

É mau indício ver que a 83,3% dos investimentos são diretamente em ações em lugar de através de produtos de investimento mais diversificados, como os fundos e produtos de investimento equivalentes.

É bom sinal saber que 26,6% das pessoas que investem reconhecem o fazem para obter rendibilidade superior.

Faltam conhecimentos para o investimento em ativos financeiros e valores mobiliários

As principais razões para o não investimento em valores mobiliários são não terem os rendimentos que o justifiquem (65,3%), não terem conhecimentos (20%) e considerem serem investimentos muito arriscados (11,1%).

Apesar de ser arriscado questionar a validade da falta de rendimentos porque os rendimentos em Portugal são efetivamente baixos, dum modo geral, ainda assim a percentagem parece exagerada, até porque há produtos de investimento adequados a pequenos montantes, de contribuições periódicas e de baixo custo.

Contudo, as outras razões não deixam de ser muito significantes porque estão no cerne da falta de literacia financeira.

Apesar de haver 90% que tem conhecimentos sobre os valores, há 20% que não investe porque não tem conhecimentos suficientes para investir, o que quer dizer que as pessoas sabem o que é, mas não como o fazer.

Por outro lado, os 11,1% que apontam o risco para não investir são pessoas demasiadamente conservadoras ou que não ponderam devidamente a correspondência entre maior risco e maior rentabilidade destes investimentos.

As respostas às questões sobre os conhecimentos em produtos de investimento foram mistas:

A maioria das pessoas entende o valor da diversificação na gestão do risco de investimentos em ações, assim como dos riscos e volatilidades dos ativos.

Contudo, há muitas pessoas que desconhecem o investimento mais rentável a longo prazo (assim sendo, e por maioria de razão, desconhecem a rendibilidade comparada dos principais ativos financeiros e investimentos), e a relação inversa entre o preço de uma obrigação e a taxa de juro (eventualmente porque investem sobretudo em obrigações do tesouro nacionais, em que até à pouco tempo predominavam as emissões a taxa variável, as OTRV).     

Alguns receios no investimento em valores mobiliários que só podem resultar de falta de literacia financeira   

Os principais receios do investimento em valores mobiliários são:

Os maiores receios do investimento em valores mobiliários são os riscos associados e a possibilidade de perda, nomeadamente a eventualidade de um crash (29,2%) e o nível de risco (17,9%).

Não temos essa informação mas seria interessante saber até que ponto as pessoas percebem a relação entre os riscos e as rendibilidades dos ativos financeiros e investimentos, compreendem a redução do risco via a diversificação dos investimentos, e a diluição do risco decorrente do aumento do prazo dos investimentos.   

Só 26,6% das pessoas que investem em valores mobiliários reconhecem que o fazem para obter um rendimento superior ao dos depósitos bancários

Quanto às razões para investir em valores mobiliários:

Só 29,9% das pessoas e apenas das que investem em valores mobiliários reconhece que o faz para obter uma rendibilidade superior à dos depósitos bancários, e 12,5% para ganhar mais e realizar mais-valias. Os outros motivos mais importantes residem no conselho do gestor de conta (21,9%), e nas razões fiscais (14,1%) associadas unicamente aos benefícios dos planos reforma. 

E o conselho do gestor de conta e de amigos e familiares são os principais fatores de escolha dos investimentos em valores mobiliários, com pouca intervenção pessoal direta

A escolha dos investimentos em valores mobiliários depende dos seguintes fatores:

O conselho do gestor de conta é o fator com mais peso, com 37,5%, logo seguido dos conselhos de amigos e família com 22,9%.

Artigo anterior

A literacia financeira nos países da OCDE é baixa

Próximo artigo

A capitalização dos rendimentos é a 8ª maravilha do mundo

Investadmin

Investadmin

Relacionado Artigos

Série Efeitos das tarifas comerciais de Trump nos investimentos financeiros: P1 – Enquadramento
Investimentos

Série Efeitos das tarifas comerciais de Trump nos investimentos financeiros: P1 – Enquadramento

8 de Maio, 2025
Série Investimentos no ciclo da Inteligência Artificial: Parte 2 – Os principais ramos da IA
Investimentos

Série Investimentos no ciclo da Inteligência Artificial: Parte 2 – Os principais ramos da IA

29 de Abril, 2025
Perspetivas dos Mercados Financeiros 2T25: Zombieconomics, ou o custo monumental das tarifas recíprocas astronómicas de Trump
Investimentos

Perspetivas dos Mercados Financeiros 2T25: Zombieconomics, ou o custo monumental das tarifas recíprocas astronómicas de Trump

4 de Abril, 2025
Série Investimentos temáticos: Parte 3. Quais são as principais megatendências?
Investimentos

Série Investimentos temáticos: Parte 3. Quais são as principais megatendências?

28 de Março, 2025
Série Investimentos temáticos: Parte 2.2. Tecnologia ou inovação disruptiva – Os domínios da tecnologia ou inovação disruptiva
Investimentos

Série Investimentos temáticos: Parte 2.2. Tecnologia ou inovação disruptiva – Os domínios da tecnologia ou inovação disruptiva

17 de Março, 2025
Série Investimentos no ciclo da Inteligência Artificial: Parte 1 – Definição e história do desenvolvimento
Investimentos

Série Investimentos no ciclo da Inteligência Artificial: Parte 1 – Definição e história do desenvolvimento

20 de Fevereiro, 2025
Próximo artigo

A capitalização dos rendimentos é a 8ª maravilha do mundo

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Trending

Série Efeitos das tarifas comerciais de Trump nos investimentos financeiros: P1 – Enquadramento

Série Efeitos das tarifas comerciais de Trump nos investimentos financeiros: P1 – Enquadramento

8 de Maio, 2025
Série Investimentos no ciclo da Inteligência Artificial: Parte 2 – Os principais ramos da IA

Série Investimentos no ciclo da Inteligência Artificial: Parte 2 – Os principais ramos da IA

29 de Abril, 2025
Perspetivas dos Mercados Financeiros 2T25: Zombieconomics, ou o custo monumental das tarifas recíprocas astronómicas de Trump

Perspetivas dos Mercados Financeiros 2T25: Zombieconomics, ou o custo monumental das tarifas recíprocas astronómicas de Trump

4 de Abril, 2025
Série Investimentos temáticos: Parte 3. Quais são as principais megatendências?

Série Investimentos temáticos: Parte 3. Quais são as principais megatendências?

28 de Março, 2025
Investorpolis

Desenvolvemos este blog porque acreditamos que apenas é necessário um pequeno esforço de aprendizagem para fazermos uma grande mudança nas decisões e nos resultados dos nossos investimentos e património financeiro.

Categorias Principais

  • Guia Completo de Investimentos
  • Património e Investimento
  • Ferramentas
  • Reforma e Poupança
  • Mais

Newsletter

Assine para receber as atualizações diretamente no seu e-mail

*Não faremos spam

  • Política de privacidade
  • Política de cookies
  • Contactos

© 2021 - Investorpolis / Powered by Delta Soluções

  • pt-pt Português
  • fr Français
  • es Español
  • en English
  • Home
  • Guia Completo de Investimentos
    • I. Investir Por Objetivos
    • II. Capitalização e Inflação
    • III. Retornos e Riscos dos Ativos
    • IV. Diversificação Eficiente
    • IX. Investimento Sustentável e ESG
    • V. O Investidor
    • VI. Ativos e Investimentos
    • VII. Investimentos em Índices
    • VIII. Investir com Sucesso
    • X. Kits e Dicas
    • XI. Outros Tópicos
  • Património e Investimento
    • Investimentos
    • Património
  • Reforma e Poupança
    • Poupança
    • Reforma
  • Ferramentas
    • Calculadoras
    • Publicações
    • Sites e apps
  • Mais
    • Best of
    • Outros
    • Reviews
    • Snapshots
  • Sobre nós
    • Missão
    • Quem somos
  • Login
  • Carrinho

© 2021 - Investorpolis / Powered by Delta Soluções

Bem-vindo de volta

Faça login na sua conta abaixo

Esqueceu a palavra-passe?

Recupere sua senha

Por favor, digite seu nome de usuário ou endereço de e-mail para redefinir sua senha.

Log In
Usamos cookies em nosso site para fornecer a experiência mais relevante, lembrando suas preferências e visitas repetidas. Ao clicar em “Aceitar”, você concorda com o uso de TODOS os cookies. No entanto, você pode visitar "Definições de cookies" para fornecer um consentimento controlado.
Definições das cookiesPolítica de cookiesAceitarRejeitar
Gerir consentimento

Vista geral de privacidade

Este site usa cookies para melhorar a sua experiência enquanto navega pelo site. Destes, os cookies que são categorizados como necessários são armazenados no seu navegador, pois são essenciais para o funcionamento das funcionalidades básicas do site. Também usamos cookies de terceiros que nos ajudam a analisar e entender como você usa este site. Esses cookies serão armazenados em seu navegador apenas com o seu consentimento. Você também tem a opção de cancelar esses cookies. Porém, a desativação de alguns desses cookies pode afetar sua experiência de navegação.

Publicidade
Os cookies de publicidade são usados ​​para fornecer aos visitantes anúncios e campanhas de marketing relevantes. Esses cookies rastreiam visitantes em sites e coletam informações para fornecer anúncios personalizados.
Analíticos
Cookies analíticos são usados ​​para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre as métricas do número de visitantes, taxa de rejeição, origem do tráfego, etc.
Funcional
Os cookies funcionais ajudam a realizar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.
Necessários
Os cookies necessários são absolutamente essenciais para o funcionamento adequado do site. Esses cookies garantem funcionalidades básicas e recursos de segurança do site, de forma anônima.
Outros
Outros cookies não categorizados são aqueles que estão sendo analisados ​​e ainda não foram classificados em uma categoria.
Performance
Os cookies de perfomance são usados ​​para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a fornecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.
GUARDAR E ACEITAR

Adicionar Novo a Playlist

Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?