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Início Guia Completo de Investimentos

Enviesamentos do investidor: Enquadramento Estreito

2 de Julho, 2020
in Guia Completo de Investimentos, V. O Investidor
Tempo de leitura:7 mins de leitura
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Enviesamentos do investidor: Enquadramento Estreito
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O que é o Enquadramento Estreito ou Limitado?

O enviesamento do enquadramento limitado nos investimentos

Como nos podemos proteger deste enviesamento?

O que é o Enquadramento Limitado?

O enquadramento limitado consiste em tomar decisões sem considerar todas as implicações.

O enquadramento limitado surge quando nos concentramos nos detalhes em vez de olharmos para o quadro global. Este enquadramento pode prejudicar as nossas capacidades de tomada de decisão porque impede-nos que vejamos as nossas escolhas dentro do seu contexto.

O efeito de enquadramento é um enviesamento cognitivo em que as pessoas decidem sobre opções com base em se as mesmas são apresentadas com conotações positivas ou negativas, por exemplo, como uma perda ou como um ganho.

As pessoas tendem a evitar riscos quando lhes é apresentado um quadro positivo, mas procuram riscos quando lhes é apresentado um quadro negativo.

Ganho e perda são definidos no cenário como descrições de desfechos (por exemplo, vidas perdidas ou salvas, pacientes com doenças tratadas e não tratadas, etc.).

A teoria da perspetiva, desenvolvida por Amos Tversky e Daniel Kahneman em 1979, mostra que uma perda é mais significativa do que um ganho equivalente, que um ganho certo (efeito certeza e efeito pseudo-certeza) é favorecido sobre um ganho probabilístico, e que uma perda probabilística é preferível a uma perda definitiva.

Um dos perigos dos efeitos de enquadramento é de que, muitas vezes, são fornecidas às pessoas opções dentro do contexto de apenas um dos dois quadros.

Em 1981, aqueles académicos exploraram como é que frases diferentes afetavam as respostas dos participantes relativamente a uma escolha de uma situação hipotética de vida e morte.

Os participantes foram convidados a escolher entre dois tratamentos para 600 pessoas afetadas por uma doença mortal. Foi previsto que o tratamento A resultasse em 400 mortes, enquanto o tratamento B tinha 33% de probabilidade de ninguém morrer, mas 66% de probabilidade de todos morrerem. Essa escolha foi apresentada aos participantes com um enquadramento positivo, ou seja, quantas pessoas viveriam, ou com um enquadramento negativo, ou seja, quantas pessoas morreriam.

EnquadramentoTratamento A Tratamento B
Positivo“Salvam-se 200 vidas”“Uma probabilidade de 33% de salvar todas as 600 pessoas, e de 66% em não salvar nenhuma.”
Negativo“Morrem 400 pessoas”“Uma probabilidade de 33% em que ninguém morrerá, e de 66% em que as todas as 600 pessoas morrerão.”

O tratamento A foi escolhido por 72% dos participantes quando foi apresentado com um enquadramento positivo (“salvam-se 200 vidas”), caindo para 22% quando a mesma escolha foi apresentada com um enquadramento negativo (“morrem 400 pessoas”).

O enviesamento do enquadramento limitado nos investimentos

O efeito do enquadramento limitado tem sido consistentemente comprovado em ser um dos mais fortes enviesamentos na tomada de decisões.

Como resultado do efeito de enquadramento, os investidores tendem a reagir às opções de investimento de forma inadequada. Os investidores aceitam ou rejeitam uma proposta dependendo da forma como ela é enquadrada. Em casos em que o resultado seja o mesmo, eles concordarão com as propostas apresentadas como ganhos arriscados, e rejeitarão as retratadas como perdas arriscadas.

Isso torna as decisões de investimento imprecisas e influenciadas pelo enviesamento.

O efeito de enquadramento também pode ser usado para enganar os investidores em certos esquemas, veículos de investimento e empresas.

Um dos esquemas de investimento mais conhecidos é o regime Ponzi, segundo o qual um respeitável gestor promete pagar retornos acima do normal aos investidores, os quais são pagos por uma crescente afluência de dinheiro por novos investidores:

Quando não há dinheiro novo suficiente a entrar para pagar os retornos prometidos, o sistema entra em colapso e os investidores perdem todo o seu dinheiro.

As empresas enquadram as informações de tal forma a que os seus pontos positivos fiquem mais destacados do que o habitual, assim como os pontos negativos dos concorrentes. Isso fará com que os investidores tomem decisões incorretas, levando a enormes perdas financeiras.

Quando um quadro positivo é apresentado aos investidores, eles são mais propensos a evitar riscos. E quando o quadro negativo é apresentado, os investidores são mais propensos a procurar os riscos.

É também importante notar que o efeito de enquadramento aumenta com a idade, pelo que os investidores mais velhos são mais afetados do que os mais jovens.

A história da Enron é um estudo de caso altamente conhecido por académicos e profissionais financeiros:

Durante o período que antecedeu a bolha tecnológica no final dos anos 90, a Enron montou a onda e prometeu transformar o negócio da energia, e até mesmo a internet, com o comércio de largura de banda.

O mercado consagrou a Enron como um líder transformador. No seu auge em 2001, o preço das ações da Enron atingiu mais de 90 dólares por ação, e a sua capitalização bolsista superou os 66 mil milhões de dólares.

A empresa fazia parte da chamada Nova Economia, que tinha poucos ativos e movia-se rapidamente. E a Enron cumpriu esta perceção até ao início de 2001. Depois, a Enron perdeu a sua reputação numa onda de escândalos, culminando no espetacular colapso da empresa.

Um exemplo mais recente é a história da Wirecard, um grupo alemão de processamento de pagamentos que se tornou uma das ações mais pretendidas da Europa, enquanto lutava contra as persistentes alegações de fraude e acabou por apresentar um pedido de insolvência.

A Wirecard foi fundada em 1999 em Munique, foi admitida à cotação em bolsa em 2005 em Frankfurt, entrou no negócio bancário e iniciou uma série de compras de empresas em todo o mundo, na Europa, América do Norte e Ásia.

A partir de 2008, foram várias as acusações de atividades fraudulentas constantemente rejeitadas pela empresa com o apoio dos seus advogados e auditores.

Em agosto de 2018, as ações da Wirecard atingiram um pico de 191 euros, avaliando-a em mais de 24 mil milhões de euros. O grupo disse que tinha 5.000 funcionários, que processava pagamentos para cerca de 250.000 comerciantes, emitia cartões de crédito e pré-pagos e fornecia tecnologia para pagamentos de smartphones sem contacto.

No final de junho de 2020, a Wirecard reconheceu pela primeira vez a escala potencial de uma fraude contabilística plurianual, alertando que1,9 mil milhões de euros em dinheiro provavelmente “não existiam”. Em seguida, a Wirecard disse que iria pedir insolvência.

Uma consequência do enquadramento limitado reside em fazermos seleção de títulos em vez de escolhermos investir em fundos ou produtos de investimento coletivos que nos proporcionam uma mais adequada diversificação:

A maioria das famílias norte-americanas ainda prefere investir diretamente em ações do que em fundos de investimento de ações, em prejuízo da diversificação, da economia de custos e da alocação e gestão profissionais. Contudo, a tendência das 4 últimas décadas é claramente de aumento dos investimentos via fundos.

Como nos podemos proteger deste enviesamento?

Uma das coisas que podemos fazer como investidor é desafiar sempre o enquadramento. Podemos reformular as informações que recebemos e ver o impacte, caso exista, que tem na nossa conclusão.

O importante é procurar ativar a abordagem lógica e reflexiva para a tomada de decisões e evitar decisões impulsivas e reflexivas.

Por exemplo, qualquer notícia de media, comunicado de imprensa das empresas ou relatório de investimentos de analistas, pode conter muitas opiniões e enviesamentos.

Devemos tentar remover quaisquer comentários editoriais/críticos e olhar apenas os números-chave e as suposições subjacentes que impulsionam a avaliação. Chegarmos às nossas próprias conclusões, em vez de sermos influenciado pela forma como as informações nos são apresentadas.

Nos mercados financeiros e nos investimentos, como em tudo na vida, nem tudo está tão bem como parece, nem tal mal quanto se julga!

https://thedecisionlab.com/biases/framing-effect/

https://www.behavioraleconomics.com/resources/mini-encyclopedia-of-be/framing-effect/

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