O S&P 500 continua a bater máximos, num ciclo iniciado em final de 2022, concentrado nas 7 magníficas. Os restantes mercados acionistas desenvolvidos ficaram para trás e a China não resolve os problemas.
As obrigações nos EUA e Europa acompanharam a volatilidade das taxas de juros no primeiro semestre, ditada pela instabilidade da inflação.
Um bom suporte macro nos EUA (descida de inflação com resiliência do crescimento e emprego) reforça o crescimento dos resultados das empresas, possibilitando uma valorização do mercado acionista mais abrangente.
Acentua-se a incerteza geopolítica com o prolongamento da guerra da Ucrânia, o conflito na faixa de Gaza, os resultados das eleições europeias (e francesas), e o aproximar das eleições norte-americanas.
Desempenho Mercados 2Q24: S&P 500 avança 14,5% no semestre, atingindo níveis máximos, descolando dos mercados acionistas europeus e japonês. Taxas de juros das obrigações do tesouro a longo prazo nos EUA e Europa acompanham a instabilidade da evolução da inflação, impactando no desempenho das obrigações.
Contexto Macro: Os níveis de crescimento económico a nível global situam-se abaixo da média. EUA continuam a surpreender pela positiva, a Europa permanece praticamente em estagnação, e a China continua sem resolver os problemas. A inflação nos EUA e na Europa parece voltar a retroceder, depois de um primeiro trimestre de subida ligeira.
Contexto Micro: Os principais indicadores económicos instantâneos e avançados situam-se a níveis sólidos em quase todo o mundo.
Políticas económicas: O BCE cortou as taxas oficiais em junho em 0,25%, enquanto os EUA admitem 1 a 2 cortes só para o final do ano.
Mercados acionistas: Mercado acionista norte-americano em níveis máximos, sobretudo devido ao desempenho das mega capitalizações. Os mercados japonês e da zona Euro não progrediram e atrasaram-se.
Mercados obrigacionistas: As obrigações americanas e europeias de médio e longo prazo e de bom rating irão beneficiar da redução das taxas de juros oficiais em linha com a descida da inflação. Os spreads de crédito mantêm-se a níveis historicamente baixos.
Principais oportunidades: Manutenção de bons níveis de crescimento e emprego, acompanhada de descida de inflação nos EUA, resultando num aumento dos lucros por ação, generalizado a mais empresas e setores.
Principais riscos: Alastramento do conflito Israel-Palestina para o Irão e para a região do Médio Oriente. Resultados das eleições europeias (e francesas).
A descida da inflação e das taxas de juros de longo prazo nos países ocidentais favorece os investimentos em ações, assim como em obrigações, sobretudo nos EUA, em que o crescimento tem sido menos afetado.
Desempenho dos mercados financeiros 2T24: S&P 500 avança 14,5% no semestre, atingindo níveis máximos, descolando dos mercados acionistas europeus e japonês. Taxas de juros das obrigações do tesouro a longo prazo nos EUA e Europa acompanham a instabilidade da evolução da inflação, impactando no desempenho das obrigações.
O S&P 500 atinge novos máximos, e mais uma vez, descola dos restantes mercados acionistas, impulsionado pelas mega capitalizações e com alta concentração.
Mercados obrigacionistas nos países ocidentais acompanham a instabilidade dos movimentos das taxas de juros e da inflação.
A Bitcoin desvalorizou para os $60 mil dólares.
Contexto macroeconómico: Os níveis de crescimento económico a nível global situam-se abaixo da média. EUA continuam a surpreender pela positiva, a Europa permanece praticamente em estagnação, e a China continua sem resolver os problemas. A inflação nos EUA e na Europa parece voltar a retroceder, depois de um primeiro trimestre de subida ligeira.
Estabilização das previsões do crescimento económico global para 3,2% em 2024 e 2025, com 2,5% e 1,8% nos EUA, 0,7% e 1,4% na zona Euro, 4,8% e 4,1% na China, respetivamente, mas abaixo da média de longo prazo.
Os EUA continuam a superar as estimativas de crescimento económico, enquanto a Europa mantém um crescimento débil.
A inflação nos EUA voltou a descer para 3,3% em maio.
A estimativa da inflação da zona euro em junho é de 2,5%.
A China continua sem resolver os problemas económicos e financeiros dos últimos anos.
No fundo, o crescimento global mantém-se estável, tendo abrandado durante três anos consecutivos.
A inflação foi reduzida para o nível mais baixo dos últimos três anos.
As condições financeiras melhoraram.
Em resumo, a economia mundial, parece estar na fase final para uma aterragem suave.
Contexto microeconómico: Os principais indicadores económicos instantâneos e avançados situam-se a níveis sólidos em quase todo o mundo
O índice de produção PMI composto global do J.P. Morgan fixou-se em 52,9 em junho, versus 53,9 em maio, sinalizando expansão em oito meses seguidos, na indústria e nos serviços, fechando o semestre com níveis sólidos.
Dos 14 países com dados disponíveis do PMI da indústria e dos serviços, 11 registaram expansões em junho.
A taxa de desemprego nos EUA está em 4,0%, níveis próximos dos mínimos.
Políticas económicas: O BCE cortou as taxas oficiais em junho em 0,25%, enquanto os EUA admitem 1 a 2 cortes só para o final do ano
O BCE cortou as taxas de juros oficiais em 0,25% em junho, enquanto a FED americana e o Banco de Inglaterra as mantiveram.
As projeções da FED apontam para a decida desta taxa dos atuais 5,25% para 5,1% em 2024, 4,1% em 2025, e 3,1% em 2026. A FED reduziu as suas projeções da sua medida preferida da inflação – o índice de preços do consumo privado (PCE) – para 2,6% em 2024, 2,3% em 2025 e 2% em 2026.
O BCE baixou a taxa de refinanciamento para 4,25%. Prevê uma inflação de 2,5% em 2024, 2,2% em 2025 e 1.9% em 2026.
O Banco de Inglaterra manteve a taxa de juro oficial em 5,25%.
Avaliação dos mercados acionistas: Mercado acionista norte-americano em níveis máximos, sobretudo devido ao desempenho das mega capitalizações. Os mercados japonês e da zona Euro não progrediram e atrasaram-se.
O mercado acionista norte-americano está a níveis máximos, tendo o S&P 500 encerrado o primeiro semestre de 2024 com um ganho de 14,5%, impulsionado e muito concentrado nas mega capitalizações.
Os restantes mercados acionistas retrocederam um pouco no trimestre.
O PER “forward” de 21.7x para os EUA está acima da média de longo prazo, caindo para 17.0x sem as 8 MegaCaps.
O PER do Japão de 16.0x também está acima da média.
Os PER das restantes regiões desceram ligeiramente para os 12.9x na Zona Euro, 11.4x no Reino Unido e 12.4x nos mercados emergentes, estando todos abaixo da média histórica.
O PER das ações norte-americanas de média e pequena capitalização estão ambos em 15.1x a 14.1x, abaixo da média de longo prazo.
O PER das ações norte-americanas de crescimento está em 28.2x e o das ações de valor em 15.8x.
Os analistas preveem um crescimento de resultados das empresas do S&P de 11.3% em 2024 e 14.4% em 2025.
O mercado norte-americano continua a mostrar-se atrativo, apesar dos múltiplos de avaliação altos, devido ao crescimento dos resultados anuais.
A Europa tem um crescimento débil e maior risco geopolítico, devido à guerra na Ucrânia e às eleições em França e Inglaterra, enquanto a China se debate com o esgotamento do modelo de desenvolvimento, o que beneficia a India como uma das principais apostas dos mercados emergentes.
Avaliação dos mercados obrigacionistas: As obrigações americanas e europeias de médio e longo prazo e de bom rating irão beneficiar da redução das taxas de juros oficiais em linha com a descida da inflação. Os spreads de crédito mantêm-se a níveis historicamente baixos
As taxas de juro sem risco de longo prazo subiram 0,5% nos Estados Unidos e 0,4% na zona Euro desde novembro, impactando no desempenho das obrigações.
Os “spreads de crédito” nos EUA e Europa mantiveram-se estáveis.
A redução das taxas de juro oficiais pela FED e pelo BCE, em linha com a inflação, terão um impacto positivo nas obrigações.
Com as taxas de juros longas bem acima da média dos últimos 15 anos, e a tendência de descida dessas taxas, as obrigações de qualidade de investimento transacionam a níveis interessantes a médio e longo prazo, sobretudo nos EUA.
Principais oportunidades: Manutenção de bons níveis de crescimento e emprego, acompanhada de descida de inflação nos EUA, resultando num aumento dos lucros por ação, generalizado a mais empresas e setores.
Nos EUA, a descida da inflação e das taxas de juros longas, com manutenção de níveis sólidos de crescimento económico e emprego, conduzirá a um crescimento mais generalizado dos lucros por ação das empresas e a uma rotação de ativos de liquidez para ações, com a consequente valorização mais abrangente do mercado norte-americano.
O termo da guerra na Ucrânia diminuiria os riscos geopolíticos e o prémio de risco dos mercados financeiros, aumentando as avaliações das ações e das obrigações, sobretudo na Europa.
Principais riscos: Alastramento do conflito Israel-Palestina para a região do Médio Oriente. Resultados das eleições europeias (e francesas).
O conflito na faixa de Gaza pode alastrar-se a países vizinhos, como o Líbano e o Irão.
Os resultados das eleições europeias e francesas, com uma grande viragem para a extrema-direita, aumenta a incerteza das políticas económicas e financeiras.
As finanças públicas dos EUA e de alguns países europeus têm-se agravado, o que piora caso haja prolongamento de taxas de juros altas.