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Petróleo e Investimentos Parte 1: Choques do petróleo e recessões

9 de Maio, 2022
in Investimentos, Património e Investimento
Tempo de leitura:9 mins de leitura
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Petróleo e Investimentos Parte 1: Choques do petróleo e recessões
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A recente subida do preço do petróleo

A relação entre os choques dos preços do petróleo e as recessões económicas

Os canais de transmissão dos choques de petróleo à economia

O desempenho histórico do preço do petróleo

A ironia dos tempos!

Há dois anos atrás assustámo-nos quando o preço do petróleo no mercado spot caiu para $20/barril e o do mercado de futuros teve uma queda abrupta e registou um valor negativo e absurdo.

A causa foi a falta de procura originada pela pandemia, além de algumas questões específicas ligadas à forma de negociação do petróleo.

Na altura, houve fortes desentendimentos relativamente aos cortes de produção no seio da OPEC+ entre a Arábia Saudita e a Rússia até se chegar a um acordo.

Hoje, o petróleo volta a ser notícia, mas pela situação inversa.

O preço do petróleo no mercado spot está a níveis historicamente muito elevados, em mais de $120/b, devido à guerra da Ucrânia, e teme-se que possa ser o rastilho para uma recessão.

Esse temor resulta em boa parte da história das recessões dos anos 70 e 80 que muitos consideram serem atribuídas à escalada do preço do petróleo.

Aliás, há uma corrente de especialistas de petróleo que considera o prenúncio de uma recessão quando o petróleo duplica de preço em menos de um ano.

A questão do petróleo (e também do gás) é hoje muito importante para os nossos investimentos porque o seu preço tem vários impactos económicos e se admite que o seu preço se poderá manter elevado por bastante tempo.

A guerra da Ucrânia tem vindo a forçar a Europa a reduzir drasticamente a sua forte dependência energética da Rússia a curto e médio prazo.

A União Europeia acabou de anunciar que na irá propor a eliminação até final do ano das importações de petróleo russo pelos seus membros.

Por outro lado, a Europa mantém a vontade de continuar a liderar a transição energética, contribuindo para um mundo mais limpo e mais sustentável.

Como veremos, as alternativas às importações da Rússia não são fáceis, mas precisamos de as conhecer para poder avaliar melhor a situação.

Este é o primeiro artigo de uma série sobre o petróleo e os investimentos.

Queríamos começá-la já há algum tempo e a recente subida do preço do petróleo tornou o momento oportuno. 

A recente subida do preço do petróleo

O preço do petróleo passou de $50 a $70 dólares em 2021 para cerca de $120 em março de 2022, duplicando em menos de 1 ano.

Desde 2014 que o preço do petróleo não ultrapassava a fasquia dos $100 dólares.  

Fonte: World-crude-oil-supply-and-demand-forecast-2020-2021, Knoema

A relação entre os choques dos preços do petróleo e as recessões económicas

O preço do petróleo tem uma correlação positiva com o PIB, como seria de esperar.

Quando as condições económicas são positivas há crescimento simultâneo do produto e dos preços de todos os fatores de produção, incluindo os das matérias-primas. Ou seja, quando a produção cresce, a procura de petróleo aumenta, a oferta não responde imediatamente e o preço do petróleo sobe.

Contudo, a situação pode ser diferente quando há um choque de petróleo, normalmente provocado por um corte ou disrupção da oferta.  

Atualmente estamos perante um choque do preço do petróleo, com a guerra na Ucrânia a desestabilizar a oferta.

Tecnicamente considera-se que existe um choque do petróleo quando o preço ultrapassa o valor máximo dos últimos 3 anos, sendo esse choque igual à diferença entre o valor atual e o valor máximo do último ano ou dos últimos 3 anos.

O efeito de um choque do preço do petróleo no PIB tem sido objeto de estudo desde há longa data.

Em 1983, um estudo de Hamilton concluiu que um forte aumento dos preços do petróleo tem sido uma das principais causas das recessões, explicando 10 das 11 recessões entre 1947 e essa data (exceção à dos anos 60).

Hamilton afirma que as recessões surgem passados 3 a 4 trimestres e que os principais eventos que provocam esses choques são fatores geopolíticos, como os conflitos no Médio Oriente.

Desde então tem havido muitos estudos que concluem que um choque do petróleo resulta num abrandamento económico e tem tido um contributo importante para as recessões nos EUA, aumento do desemprego e do custo de vida.

Contudo, mais recentemente têm surgido críticos que contestam esta conclusão, liderados por Blanchard e Gali.

Em 2007, estes autores concluíram que os riscos de recessão dos choques petrolíferos são baixos, com fundamento na alteração de circunstâncias entretanto ocorrida.

Vamos desenvolver cada um destes pontos em seguida.

Os canais de transmissão dos choques de petróleo à economia

São 6 os canais de transmissão do choque do petróleo à economia.

Primeiro, o choque da oferta faz subir os custos de produção das empresas.

Segundo, há um efeito de transferência de riqueza dos países importadores para os exportadores, que têm menor propensão ao consumo.

Terceiro, o consequente aumento da inflação provoca a subida do custo de vida e a diminuição do consumo das famílias.

Quarto, as alterações das condições monetárias levam à subida das taxas de juros.

Quinto, ocorre um ajustamento setorial dado pelo custo das alterações da estrutura da indústria ao aumento de preços.

Sexto e último, a incerteza provocada pelo aumento dos preços aumenta a insegurança, atrasa investimentos e conduz a realocações de recursos nos empresários.

Os críticos afirmam que há 4 razões para a diminuição dos efeitos macroeconómicos dos choques petrolíferos na inflação e na atividade económica, incluindo preços, salários, produto e emprego.

Primeiro, existe mais escolha de energias alternativas, quer pelo aumento das energias renováveis (hídrica, eólica e solar), quer pelo gás natural, sobretudo o gás de xisto nos EUA.

Segundo, o controlo da produção é mais baixo e difuso por maior número de países.

Terceiro, a melhoria na realocação de recursos criou mais flexibilidade no mercado de trabalho.

Quarto, houve melhoramentos na condução da política monetária.

Além destes fatores há que considerar o facto de o preço do petróleo não entrar no cálculo da inflação “core”, de existir maior concorrência no transporte e haver um aumento da eficiência energética.

Independente disto, a correlação positiva entre o preço do petróleo e a inflação no consumidor é muito mais baixa do que a dos anos 70 e 80.

A FED de St. Louis estima uma correlação de 0,27 entre as alterações no preço do petróleo e a inflação. Ou seja, uma subida sustentada de 10% nos preços do petróleo pode fazer com que o índice de preços no consumidor suba 2,7%

Esta correlação é naturalmente mais forte entre os preços do petróleo e os preços dos produtores.

Adicionalmente, é importante termos presente que em muitos dos países desenvolvidos, sobretudo na Europa, o preço dos combustíveis incorpora um imposto que é cerca de metade do valor.

Fonte: OPEC.org

Isto significa que os governos destes países podem usar a política fiscal para mitigar o efeito dos choques de oferta do petróleo. 

O desempenho histórico do preço do petróleo

O gráfico seguinte mostra a evolução dos preços do petróleo nos últimos 100 anos, salientando os principais choques que ocorreram nesse período:

Entre 1920 e até ao embargo árabe de 1973, o preço do petróleo situou-se abaixo dos 30 dólares por barril.

Atingiu picos quando das duas crises petrolíferas em 1973 ($60/b) e 1980 ($120/b), em 2008 ($120/b) quando da GCF e 2011 (+$120/b) na primavera árabe, tendo vindo a descer desde então.

Em março de 2020 caiu abaixo dos $30/b devido à paralisação económica da pandemia e a decisões da OPEC+ de não cortarem a produção.

O gráfico seguinte foca esta evolução num período mais recente, entre 1985 e 2020:

Fonte: Techtelegraph.co.uk

Nas últimas décadas o preço do petróleo tem-se oscilado entre $30/b e $60/b com exceção do período entre 2003 e 2015 associado ao aumento da procura global.

A explosão do gás de xisto em 2010 e 2014 provocou uma descida dos preços, que se acentuou com a pandemia em 2020.

Depois do acordo do corte de produção promovido pela Arábia Saudita e Rússia, os preços situaram-se em $50/b no início de 2021.

Começaram a subir a partir do último trimestre desse ano e no primeiro trimestre de 2022, à medida que se acentuaram os riscos geopolíticos e a Rússia diminuiu os fornecimentos até à invasão e guerra na Ucrânia.     

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